Informação muito útil, esta acção peca por tardia, na minha opinião...
A Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgou uma circular normativa em que, determina, por recomendação do Departamento da Qualidade na Saúde, a criação, a nível nacional, da Via Verde da Sépsis (VVS).
Esta decisão surge com base no facto de ser actualmente aceite que uma intervenção precoce e adequada, tanto em termos de antibioterapia como de suporte hemodinâmico, pode melhorar significativamente o prognóstico dos doentes com sépsis grave e choque séptico.
Neste sentido, a DGS considera imperativa a implementação de mecanismos organizacionais que permitam a sua rápida identificação e instituição atempada de terapêutica optimizada.
Existe, no caso da sépsis, um conjunto de atitudes que, se realizado numa fase precoce da doença, reduz a morbi-mortalidade. Estas atitudes incluem a identificação e estratificação rápidas de doentes, a utilização de antibioterapia adequada e de estratégias de ressuscitação hemodinâmica guiada por objectivos.
Por outro lado, a implementação de um protocolo terapêutico de sépsis permite não só diminuir a mortalidade, mas, também, uma redução substancial dos custos para as instituições.
De acordo com a circular da DGS, da VVS fazem parte todos os Serviços de Urgência (SU) nacionais: SU básicos (SUB), SU médico-cirúrgicos (SUMC) e SU polivalentes (SUP), sendo definidos dois níveis de responsabilidade:
* Nível 1: Serviços de Urgência sem cuidados intensivos (SUB e SUMC de hospitais que não possuam Unidades de Cuidados Intensivos)
* Nível 2: Serviços de Urgência com cuidados intensivos (SUMC que possuam Unidades de Cuidados Intensivos e SUP).
A implementação da VVS começará pelos Serviços de Urgência de Unidades de Saúde com Cuidados Intensivos (Nível 2), devendo esta primeira fase estar concluída até final de 2010. A concretização da rede deverá estar concluída até final de 2011.